A história da Gucci

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Com certeza vocês já passaram por essa situação: roda de mulheres conversando, uma metade acha que comprar bolsas é uma forma de investimento e a outra acha uma grande balela.

Além de material e mão de obra determinarem no valor, existe outro fator que influência o preço final de um produto, a tradição. O que seria apenas um acessório normal acaba se tornando um item que passa de geração em geração.

Pensando nisso, hoje o post é sobre a história da Gucci. Uma leitora me passou o link com a reportagem sobre a marca que saiu no Globo News (para assistir clique aqui), mas como não consegui de jeito nenhum colocar aqui no blog, resolvi contar um pouco para vocês.

Acho que cases de sucesso como esse mostram que não desejamos uma marca por acaso. Além da tradição, bien sûr, existe todo um trabalho de branding por trás. Mas, mesmo essa construção de posicionamento no mercado de luxo não é possível sem uma grande história como base.

Família Gucci em seus tempos de total poder da marca
Família Gucci em seus tempos de total poder da marca

Tudo começou com Guccio Gucci em 1921. O italiano trabalhava como maleiro em um hotel de luxo em Londres até que decidiu criar a sua própria marca de malas. Voltou para Florença e lá fundou a Gucci.

Aos poucos, a alta burguesia florentina descobriu a marca e depois ela tornou-se desejo por toda a elite italiana. Para conquistar também o mundo não demorou muito, logo grandes estrelas de Hollywood como Audrey Hepburn desfilavam com suas Gucci’s por aí.

Os negócios correram muito bem, a marca tinha presença internacional forte, mas foram nos anos 80 que os problemas começaram. Na época a empresa já era controlada pelos herdeiros do fundador e entre muitas brigas familiares, e até investigações de sonegação de impostos, a marca começou a se deteriorar no mercado de luxo internacional.

Foto que tirei no Museu da Gucci. Primeiro atelier da marca
Foto que tirei no Museu da Gucci. Primeiro atelier da marca

Na década de 90, já controlada em sua maioria por um grupo de investimento, a Gucci começou a sua retomada do mercado com duas metas: voltar a ser um artigo de luxo exclusivo e se modernizar. Para isso, colocaram Tom Ford como diretor criativo da maison.

Entre campanhas publicitárias provocativas, coleções com pegadas sexy, e relançamento de clássicos, a marca começou a reconquistar seu pedaço no mercado. Em 2004, François Pinault (dono do grupo PPR) tornou-se o único proprietário da Gucci. Com forte investimento de capital e muita criatividade para se reinventar, a Gucci voltou ao topo da moda e aos negócios.

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Hoje em dia a marca está no top 50 das mais influentes do mundo e tem até um museu com sua história em Florença (já falei sobre nesse post aqui). E mesmo com todo o sucesso, a produção de todas as peças continua sendo artesanalmente na Itália.

O que eu acho mais interessante com isso tudo, e que na matéria da TV fica bem claro, é que ao contrário do que muitos pensam, o mundo da moda não é apenas algo fútil e “balela”. Ele movimenta milhões, aquece a economia, influencia 100% nossas escolhas e acaba afetando de alguma forma a vida de quem nem sonha com uma bolsa.

Então, na próxima discussão já sabe, uma bolsa é sim um investimento.

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Comentários

  • EXCELENTE POST LARI!
    Adoro saber a historia das marcas. Acho que a Gucci tb tem alguma influencia com montaria, equitacao nao? Alguem comentou isso comigo uma vez. As bolsas remetem mesmo a celas de cavalo. Sera?
    Tudo da Gucci e classico e chique e ate que foge do obvio da LV ne?!

    Beijocas

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    • Oiii Nath, a marca que começou fazendo acessórios para equitação foi a Hermès. A Gucci fazia peças em couro em geral, um pouco de tudo. Estou em uma fase vidrada na Gucci, acho que já deu para reparar, né? Hahaha. Estou amando tudo que tem a logo antiga, acho chic com carinha vintage. Beijos

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  • É verdade Lari! sempre comento do papel das marcas como ‘bem superior’ ajudando no aquecimento da economia rsrs ! aí todo mundo leva a sério!mas ainda assim, existem muitas pessoas pré-conceituosas e mal informadas.

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    • Infelizmente o preconceito ainda é muito presente. Mas, o importante é que a gente sabe que não é bem assim, né? =) Beijos

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  • Oi Lari!!! Faz um post sobre a pousada do toque!!!! Bjs

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    • Oiiii querida, vai entrar no ar amanhã. Fica de olho 😉 Beijos

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