Até onde se vai por uma roupa?
Depois de tanto escutar e ler sobre o lançamento da coleção Mixed para C&A, mais uma vez resolvi fazer um post – atrasado – opinativo. Afinal, uma das vantagens de ser blogueira é poder falar sobre o que bem quiser e quando quiser. Bom, não escolhi o título desse post em vão: até onde se vai por uma roupa?
Vamos analisar na forma literal. Além de ter escutado que a hight society paulista foi em peso no pré-lançamento em SP, pertinho de mim, uma grande amiga que nunca, nuuunca, pisou nem em Forever 21/ H&M/& cia, me contou que em pleno sábado arrastou o namorado com ela para a C&A do Shopping Via Parque para tentar encontrar algo.
Para quem não mora no Rio vou contextualizar, o Via Parque é um shopping voltado ao público B-C na Barra que está far far away do público alvo da Mixed. Então, essa minha amiga, frequentadora de Fashion Mall, foi até lá porque acreditava que teria sobrado mais peças. E realmente ela acertou, me enviou feliz hoje as fotos das suas comprinhas e achou super divertida a experiência.
Agora vamos ver no sentido figurado. Essa parceria da Mixed para C&A conseguiu algo raro. A coleção levou a consumidora AA da Mixed até uma loja popular para se gladiar por uma peça, e ao mesmo tempo trouxe aquela consumidora que sempre quis ter uma peça Mixed para chamar de sua – mulheres habituées da C&A, que curtem moda, mas não tem/querem desembolsar mais de R$500 em uma única roupa.
Ao contrário da maioria dos textos que li, eu não acho isso ruim. Essa história toda me fez repensar novamente no poder do Branding. Comprovando que uma marca bem trabalhada e posicionada no mercado consegue atingir totalmente seus consumidores. A Mixed com certeza saiu contente da vida porque além de suas clientes fiéis ganhou novas (mesmo que temporárias). E ao mesmo tempo a C&A também está satisfeitíssima porque além do seu público, uma classe de Hermés e Chanel se estapearam entre suas araras.
Como adepta do estilo hi/lo, não apenas na moda, mas na vida, eu acredito que ações assim geram uma “mistura” extremamente positiva. Da mesma forma que vi uma mulher toda grifada no Cidade Jardim com sua calça Mixed para C&A, vou gostar de encontrar outra em plena Lojas Americanas com o mesmo modelo. Viva a democracia na moda!
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