Como vocês sabem, eu não sou adepta de nenhuma dieta radical e nem sou a maior praticante de projetos rs. Acredito que a saúde vem em primeiro lugar e por essa sim vale a pena mudarmos nossos hábitos. Um corpitcho mais enxuto é apenas uma das – ótimas – consequências de uma alimentação regrada.
Mais uma vez, decidi que era hora de me cuidar. Afinal, se eu cuido tanto do meu cabelo, me mato na academia, exercito o “intelecto” com bons livros, não é justo esquecer da minha saúde e viver gripada, né? Assim, na semana passada marquei uma consulta com a nutricionista Fábia Massarani.
A Dra. Fábia – além de leitora linda do blog <3 – é especializada em nutrição esportiva. Mas, não precisa ser nenhuma atleta tipo Carol Buffara para marcar consulta com ela, viu? Ela atende na clínica Be Healthy nós mortais rs.
Conversando com ela, chegamos a conclusão que muitas pessoas ainda não sabem algumas informações básicas, isto é, não entendem alguns hábitos alimentares simples, mas que fazem toda a diferença.
Assim, eu resolvi fazer uma entrevista com a Fábia sobre a importância de não ficar muitas horas sem comer e o que pessoas sem rotina (prazer!) podem fazer para isso não acontecer. Confiram:
– Por que é importante comer de 3 em 3horas?
Por vários motivos. O mais comentado sempre é a questão de não desacelerar o metabolismo, o que nos leva a gastar menos calorias e de certa forma armazenamos mais quando comemos novamente, nossas “reservas” já estão pedindo socorro! Rs Mas acredito que o principal motivo é o mais simples de todos, é só buscarmos entender nosso organismo de forma lógica: quando ficamos muito tempo sem se alimentar, e vamos comer depois de horas, é muito mais fácil despertar aquela vontade desenfreada de comer o que tiver pela frente, de não ter o auto-controle, a fome será maior e, para quem já tem o doce como ponto fraco, isso se acentua! O corpo estava horas em jejum, é natural que peça comida e de quebra ainda quer bastaaante comida por prevenção, para caso você depois resolva ficar mais muito tempo sem se alimentar de novo.
Muitos pacientes relatam não ter fome de 3 em 3 horas, mas não precisamos esperar a fome chegar para comer, devemos encarar a fome como um estado de alerta, e não como o sinal de hora de comer. Melhor comer de 3 em 3 horas e evitar a fome “monstrinha” depois – ainda mais se considerarmos que ela vem com tudo nos nossos pontos fracos (vontade de comer doces, pecar pelo excesso, etc).
Vale lembrar que o mesmo vale para a água: não precisamos esperar a sede – que já é o primeiro sinalzinho de desidratação! Devemos andar sempre com nossa garrafinha e fornecer líquido ao organismo a todo momento! Mas, diferentemente da água, vale ressaltar também que a alimentação tem hora marcada: 3 em 3 horas são 3 em 3 horas! Beliscar a todo momento, ainda que pouquinho, fracionando o que seria consumido de uma vez só, pode surtir efeito contrário: desacelerar o metabolismo. Portanto, é muito importante reservamos o momento da refeição de 3 em 3 horas e parar para se alimentar mesmo, sem beliscar nos intervalos.
– Para quem tem a rotina muito incerta, o que você sugere levar na bolsa para driblar a fome?
Depende se a pessoa visa emagrecimento, manutenção de peso, ganho de massa muscular… Mas, considerando uma reeducação alimentar (importante para todos!) é sempre bom termos frutas na bolsa – pelo menos dois tipos de fruta! Pode ser uma mais “pesada”, como a banana, e uma mais leve, como morangos (8 unidades já constituem uma boa porção). Uma que dê para comer com calma (a banana, descascando, etc) e outra que dê para petiscar entre um sinal e outro no trânsito (o morango).
Como ótimas opções: maçã, pêra, goiaba, uva, banana. Evitar frutas fatiadas também é importante – preferir essas frutas citadas frescas e frutas secas como damascos e ameixas também são ótimas opções – tudo com moderação, claro! Essas duas ainda driblam a vontade de comer doce, comum a muitas de nós no meio do dia.
Tomatinhos cereja também são excelentes opções para termos na bolsa, e por serem poucos calóricos (e fonte de importantes micronutrientes!), não precisam ser a refeição, mas aquela famosa enganadinha antes de de fato nos alimentarmos, quando sabemos que o lanche irá acontecer em breve.
O mesmo pode acontecer com as cenouritas baby (uma cenoura cortada em palitos – pepino japonês também pode!). Além dessas frutas e hortaliças, temos as oleaginosas/castanhas como excelentes opções! Não estragam, não sujam a bolsa, não ocupam espaço e não pesam!
Um mix ótimo para quem sabe que vai ficar o dia todo fora: 5 castanhas de caju, 4 amêndoas, 2 castanhas do Pará e 8 uvas-passas! Atenção: nada de investir em oleaginosas salgadas e/ou doces, sempre o mais natural possível, ok? Sementes também podem ser uma boa opção. Para quem não tiver essa variedade no momento à disposição, vale investir em 1 ou 2 desses, junto a uma fruta, por exemplo. Sacia e traz benefícios para a gente.
De industrializados, temos hoje boas opções com pouco sódio e conservantes, como alguns snacks de soja, biscoitinhos integrais (sempre pacotinhos em pequenas porções na bolsa para não despertar o nosso “monstrinho”! Rs), pacotinho de maçã desidratada, snacks de algas marinhas e até mesmo um polenguinho light para acompanhar – precisamos de proteína e ele é uma boa opção, poiso consumo dela muitas vezes é limitado na nossa bolsa, pois vem em alimentos que estragam mais rápido e não aguentam muito tempo na rua com a gente, como iogurtes, principalmente no verão.
Mas se você for para algum lugar onde terá opção de refrigerar, invista nos iogurtes desnatados e até mesmo em mini sanduíches de pão integral, salada e queijo magro, é só não circular muito por aí!
– Se eu esquecer de levar um dos alimentos indicados e estiver na rua, melhor pular a refeição? Ou o que posso comer que é fácil de encontrar?
Aí é questão de saber identificar um bom rótulo no mercado/padaria mais próximo(a) e procurar investir sempre em cereais integrais, em detrimento do açúcar simples. Comprar um iogurte desnatado geladinho – tem em qualquer esquina – e juntar a um cereal de qualidade.
– As barrinhas de cereais são vilãs ou amigas da saúde?
Vilãs. Até pouco tempo, eram boas opções de industrializados, pois era tudo muito limitado, e ela era fantástica por ser a opção menos pior – era comparada a “cheetos” e biscoitos recheados. Aí ganhou status de alimento saudável até hoje, quando temos opções muito melhores, fornecendo os mesmos (poucos) benefícios com mais intensidade (como mais fibras, por exemplo, que a barrinha é considerada fonte, mesmo tendo pouca quantidade), além de outros benefícios, sem a gordura saturada inerente. Claro que temos hoje barrinhas melhores, sem chocolate e mais enriquecidas, mas ainda assim é sempre bom der cautela e dar aquela olhadinha no rótulo – ir além das calorias e ver gordura, fibras, proteínas…
Não é porque a Fábia é minha nutri não… Mas, ela não é muito fofa? Hahaha. Sempre explica tudo, detalhadamente, e com mega calma gente. Fora que ela passa várias receitas light incríveis que vou compartilhar com vocês também. Espero que essa entrevista ajude quem está nesse #projetosaúde como eu : )
PS: quem quiser marcar uma consulta com a Dra. Fábia também, só ligar para Be Healthy: (21) 3251-7775/ 3251-7776
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