Comportamento

Crônica: Em um relacionamento sério comigo mesma

Como já contei pra vocês, eu sou mestre/doutora/pós graduada em relacionamentos amorosos – apesar da relativa pouca idade. E por isso, sempre achei que soubesse tudo, nada poderia me surpreender, afinal eu era preparada para qualquer tipo de situação. Era. Mais uma vez a vida me pregou uma surpresa: pela primeira vez estou em um relacionamento sério comigo mesma.

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Eu sempre fui aquele tipo de pessoa que tinha a paixão como gasolina pra viver. Acho que todo mundo conhece esse tipo. Aquela amiga que vive tendo o “ele é o amor da minha vida” ou “não me vejo sem ele”e no mínimo você já conheceu uns 3 “amores da vida” , ou quando o “amor da vida” passa antes mesmo de conhecer.

Então, eu assumo, eu fazia parte desse grupo. Já me vi pulando muro – literalmente – pra dizer eu te amo, pegando avião pra outro continente pra matar as saudades (sem saber se a outra pessoa queria me ver, que fique claro o nível de maluquice), e atravessando a ponte Rio-Niterói de madrugada pra fazer as pazes (vou me conter apenas nesses 3 exemplos pra manter minha credibilidade por aqui).

Bom, tudo isso é pra contar que pela primeira vez na vida não estou apaixonada. E que custei para aceitar isso.

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O tempo inteiro nossa sociedade, nossa cultura, nos diz que pessoas felizes estão sempre acompanhadas, já repararam? Filmes, novelas, séries… O tempo todo somos bombardeados que vida sem paixão, amor, não é completa. E eu acredito, de verdade, que sem percebermos acabamos colocando na cabeça que é estranho não estarmos apaixonadas – independente que seja paixão platônica, correspondida, ou não. E o que acontece? Acabamos estando sempre em busca dessa “nova paixão”.

Voltando o texto pro meu caso… De repente, sem explicações, eu me vi com uma vontade louca de ficar sozinha. Curtir minha companhia mesmo. Não precisar avisar ninguém de nada, programar nada, poder fazer o que bem der na telha e na hora que der na telha. Ter meus pensamentos e sentimentos focados 100% em mim mesma, sem precisar dividir com “será que ele vai estar na festa? Será que vai curtir esse look?”. Pra vocês verem, outro dia fiquei super feliz em marcar unha em pleno sábado a noite. Não que eu não pudesse estando com alguém, mas marquei sem precisar explicar pra alguém o porquê.

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Eu fiquei preocupada. Será que virei um cubo de gelo? Fechada pra relacionamentos? Será que sou tão egoísta que não consigo me relacionar? A resposta é: não, não e não. Não sou obrigada a querer conhecer aquele amigo gatinho que querem me apresentar. Não sou obrigada a ter que caçar um amor. Ninguém precisa estar apaixonada pra ser feliz, ou estar com alguém pra ser feliz. Acho que depois de tantos tecidos emendados, a coberta rasgou de vez, e eu preciso desse momento sem pensar em ninguém.

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Egoísta ou não, eu só posso dar um conselho a vocês que tirei disso tudo: não tem nada mais prazeroso do que dar atenção e focar todas as suas energias pra si própria. É clichê, eu sei, mas precisamos desse relacionamento sério com nós mesmas (mas digo sério mesmo, nada de um casinho passageiro), pra quem sabe depois, sem pressa, de fato nos apaixonarmos de verdade.

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Trabalhando com moda #2

Não sei se vocês lembram, mas em setembro eu dei início a série de posts Trabalhando com Moda – para reler clique aqui. Depois de um atrasitcho básico (#réuconfessa), consegui reunir entrevistas bem bacanas com profissionais de diferentes áreas. Então, fiquem de olho que semana que vem já vai ter continuação, viu?

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Depois do sucesso do post sobre assessoria de moda, o tema de hoje é: como ser designer/dona de uma marca de moda festa? Para conhecermos esse segmento específico, que tem picos de demandas totalmente diferente do calendário tradicional de moda, eu entrevistei a Ana Carolina Vilela da Lucci. Momento fofoca: a Aninha é minha cunhada queridíssima e sou mais que fã dela.

Para quem não sabe, a Lucci tem 10 anos de mercado e está localizada em um charmoso loft na rua Dias Ferreira. Atualmente a marca é especializada apenas em moda festa e tornou-se referência no Rio para comprarmos vestidos para casamentos e formaturas.

Mas, como diria Caetano Veloso  “cada um sabe a dor e delícia de ser o que é“, assim convidei a Ana para contar como é o dia a dia e curiosidades do trabalho dela. Confiram:

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– Qual sua formação?
Sou formada em Admnistracao de Empresas pela PUC Rio

– Como surgiu a ideia de criar a Lucci?
Desde sempre fui fascinada por roupas e tinha um dom natural para criar looks desde criança. Trabalhei por 2 anos com uma amiga no mercado de artes. Era interessantíssimo! Ató pq envolvia a criação de um portal que falava sobre as pecas, os artistas, dados históricos, dicas de viagens, culturais… Enfim, apesar de maravilhoso eu tinha certeza que tinha q começar uma marca. Tive o apoio de meus pais e pude trabalhar na criação de uma mini coleção que apresentei num hotel no Rio. Em 2 dias de exposição, com 200 amigas convidadas, vendi 800 peças. Isso deu confiança e em seguida já abri minha loja que hoje tem 10 anos.

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– Qual a parte mais legal de ter a própria marca, especificamente uma marca de moda festa?
Poder ver as pessoas se encantarem com alguma coisa que elas vestem e se sentirem verdadeiras princesas mesmo que por um momento.

– E qual a parte mais difícil?
Lidar com as expectativas! De todos: clientes, funcionários, família…

– Como você faz uma coleção? 
A inspiração vêm de viagens, livros, dos blogs de lifestyle, de tudo que vivencio… Não faco tudo sozinha não. Minha mãe comanda na fábrica uma equipe que nos ajuda no desenvolvimento das peças, mas a decisão do caminho a seguir vem da gente sim. Agora, trabalhando com moda festa, temos que ter uma agilidade maior. É mais importante ter novidades todos os meses do que lançar grandes coleções 2 vezes por ano. Então trabalhamos fazendo uma pequena família de peças a cada mês.

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– Qual conselho você daria para alguém que quer montar a própria marca?
Tratar desde o inicio como uma empresa e separar totalmente a administração da criação.

– A Lucci é especializada em moda festa, em maioria quem é a cliente da marca? Para qual ocasião elas procuram mais?
Temos clientes de todas as idades! Desde meninas que procuram para as festas de 15 anos até mães e avós de noivos. Recentemente fizemos inclusive uma encomenda de vestidos para daminhas de 3 anos: muito fofos! Sem dúvidas, o evento que mais atendemos é casamento. Mas, oferecemos opções para jantares e eventos menos elaborados tb.

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Eu sei, sou suspeita para falar, mas quem precisa de uma produção mais arrumada, a Lucci é o endereço certo. Além de modelos prontos, elas também desenvolvem novos a partir de opções de tecidos. Uma ótima oportunidade para ter um vestido exclusivo – e sem riscos de encontrar outra pessoa igual.

Rua Dias Ferreira, 247 (loft) – Leblon

Tel: (21) 2540-6970

PS: espero que tenham gostado da entrevista, e a agora a tag não vai tirar mais férias, ok? Prometo rs.

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Trabalhando com Moda #1

Se tem uma dúvida que recebo com certa frequência é de meninas querendo trabalhar com moda, mas sem saber por onde começar a procurar. Estou longe de ser uma especialista nesse assunto (quem faz muitos posts legais sobre esse quesito é a Ale Garottoni do It Girls, vale a leitura!), mas graças ao blog eu pude conhecer muitos profissionais de diferentes áreas do mercado fashion.

Assim, eu tive a ideia de fazer a série de posts Trabalhando com Moda. Todas as sextas vou trazer uma entrevista com algum profissional específico. E para abrir com chave de ouro, vamos falar sobre assessoria de moda.

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Para quem não sabe, o assessor é a pessoa responsável pela imagem do cliente (seja pessoa física ou jurídica) com a mídia. É ele quem vai buscar inserir esse cliente em matérias, reportagens, organizar press day, e apresentar à impressa e formadores de opinião. Ou seja, seu trabalho tem um papel fundamental no sucesso e na divulgação.

Para nos contar um pouco sobre as “dores e delícias” da profissão, eu convidei Camilla Alves, assessora da Approach – assessoria giga aqui no Rio que atende grandes clientes como Fashion Rio, Natura,  Arezzo & Co e muitos outros. Confiram a entrevista:

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– Há quanto tempo trabalha em uma assessoria de moda?

8 anos

– Qual sua formação?

Sou formada em jornalismo

– Como conseguiu seu primeiro emprego na área?

Sempre trabalhei com assessoria de imprensa. Meu primeiro emprego foi em uma das maiores assessorias do mercado, a InPress. Dei a maior sorte. Uma amiga da faculdade que me indicou para a vaga de estagiária (assistente de núcleo) e foi a melhor escola pra mim. Até hoje tenho contato com o pessoal de lá, onde fiz muitos amigos.

– Qual a melhor parte de ser uma assessora de moda?

Para quem gosta de moda é bom pois você sempre estará por dentro das principais novidades, tendências e ainda terá bastante inspiração para ousar com novas peças e combinações. hahaha

– E a parte mais difícil?

Eu sempre digo que a parte mais difícil de ser assessora é que você fica “no meio”, entre o cliente e o jornalista. Lidar com o ego das pessoas também é complicado. É um meio de muita vaidade.

– Já passou por uma situação engraçada ou diferente no trabalho? 

Shiii, já. Não lembro agora mas sempre acontece.  Tem situações tão engraçadas e curiosas que você chega a não acreditar. Mas nada melhor do que dar umas boas gargalhadas e contornar o problema da melhor maneira. Eu ADORO o que eu faço e me divirto muito. Tenho grandes amigos que são ex clientes e vários jornalistas que tornaram amigos por conta do trabalho.

– Como faz para se manter atualizada?

Começo cedo, vendo Bom Dia Rio e Bom Dia Brasil na academia. Sou viciada! Rs. Costumo ler O Globo e Folha SP todos os dias e quando dá outros jornais (temos todos aqui na empresa). Como trabalho logada no computador o dia todo,  fica ainda mais fácil pois podemos entrar em sites de notícias, falar no telefone e responder e-mail ao mesmo tempo. Isso é um “dom” feminino que é super a minha cara.  Rss. Aliás eu sou do tipo que dirige e se maqueia ao mesmo tempo. Aqui na Approach a gente troca muita informação e isso é muito legal. Se eu vejo uma matéria ou nota interessante encaminho para as outras pessoas do núcleo e vice-versa. Empresa de comunicação sem comunicação não rola!

– Um conselho para quem deseja trabalhar na área:

Estar sempre atualizada,  por dentro das notícias do mundo todo e todos os assuntos (isso é lei!). Criatividade e bom-humor sempre! Nunca julgar ninguém pelo cargo, empresa ou posição que ocupa, afinal nunca sabemos o dia de amanhã.

Assessora

A Camilla não é o máximo, gente? Adorei a sinceridade dela nas respostas. Espero que vocês tenham gostado da nova tag aqui no blog, e se tiverem qualquer sugestão de emprego que gostariam de conhecer mais me avisem, ok?

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