Crônica: cada fase da vida um estilo?

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Essa semana me peguei pensando em uma nova questão: será que para cada fase da vida que passamos temos um estilo? Mas, se estilo é algo pessoal, único e intransferível, como nós mesmas acabamos deixando fatores externos darem uma mudadita nele? Calma, vou contar a história desde o início para vocês entenderem.

Depois de 3 anos de namoro, voltei para o tabuleiro de xadrez que é a vida de solteira. E nos primeiros dias tacada no jogo, enquanto me arrumava para sair, escutei a seguinte pérola de uma amiga “você vai sair com essa roupa? Mas, esse vestido não é roupa de solteira, escolhe outro”.

Babado, confusão e gritaria! Um comentário e a crise foi instaurada aqui em casa. Pega vestido ali, joga vestido acolá, pergunta para o irmão, debate, e cheguei a conclusão que para uma mãe de família eu já tinha o closet completo.

Não que eu não ame meu estilo contemporânea/romântica, pelo contrário, mas é que durante o tempo que namorei posso contar nos dedos as vezes que fui para uma baladinha (aka local que mulheres tem álibi para andarem semi nuas). Pelo contrário, bati ponto em lançamento de filmes, sociais em casas de amigos e fiquei phd de todos os restôs de fondues das redondezas. E para todas essas ocasiões se eu aparecesse com decotão ou aquele dress femme fatale estaria fora do dresscode.

Confesso que também juntou o útil ao agradável, no curso de consultoria de imagem/estilo eu descobri que o sexy não é o meu estilo predominante. Ou seja, minha vida de “casada” só me fez deixar ele ainda mais de lado. Mas, depois de um tempo de férias, os elementos sexys foram obrigados a retornarem ao trabalho naquele dia. Depois de muitas votações, acabei escolhendo um modelo cheio de recortes que ganhei há mais de 1 ano e ainda estava com etiqueta.

Decidi que ia incorporar a personagem. Vestido recortado, maquiagem impactante, cabelo movimentado, saltão, modéstia a parte dei o melhor de mim. Resultado? A noite foi divertida sim, eu chamei a atenção sim, mas nada demais aconteceu.

No dia seguinte fiquei pensando em todos os momentos que realmente mudaram a minha vida e cheguei a conclusão que nenhum deles eu estava femme fatale. Blusa rendada com gola, maquiagem borrada, cabelo desgrenhado, batonzão vermelho, são apenas alguns exemplos de como eu estava quando – de fato – conheci pessoas excepcionais que marcaram minha vida.

E cheguei a conclusão que sim, para cada momento que vivemos alguns elementos em nosso estilo acabam sobressaindo mais ou menos, e que foi divertido bancar a fatale por uma noite. Mas, não é isso que faz com que aconteçam coisas especiais em nossas vidas. Seja de vestido curto ou de calça boyfriend, é a essência, aquele je ne sais quoi que cada pessoa tem, que faz com que alguém se interesse por nós.

Resumo da ópera? Próxima festa vou sair com minha velha e batida camisa social mesmo com batom vermelho, e ai de quem não gostar!

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Comentários

  • Olha, Lari, eu até acho que as fases da vida influenciam nosso estilo sim. Quando eu era adolescente, era mais hipponga e não me ligava nem um pouco em maquiagem. Depois que comecei a trabalhar tive que adotar um estilo mais sério e o cansaço e falta de praia do dia a dia + vício em protetor solar me obrigaram a usar maquiagem todos os dias e eu passei a gostar. O nascimento do meu bebê tbm acabou mudando um pouco o meu estilo, porque quando saio com ele preciso estar com roupas confortáveis e tecidos que não estraguem com o atrito de ficar com ele no colo. Enfim, mil coisas.. rs Mas eu vejo que o espírito se manteve por todos esses anos, eu continuo gostando de peças coloridas e estampadas – não consigo sair all black, sempre jogo um acessório colorido rs – continuo mantendo um estilo mais lúdico, romântico (por isso me identifico com seu blog rs), mas tento adaptá-lo à minha idade e estilo de vida, profissão conservadora etc. Te entendo totalmente quanto a não se sentir totalmente vc com roupas femme fatale, tbm sou assim! rs E tbm amo a Blair!! Bjs!!

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  • A-D-O-R-E-I!! E ai de quem nao gostar!!

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  • Lariiii!!!

    Euzinha aqui de novo pra dizer que, mais uma vez, amei sua crônica! Super me identifiquei, aliás, me diverti lendo tudo isso!

    Depois que me casei (há quase dois anos atrás), reparei essa mudança drástica, não só na maneira de me vestir, mas como também na maneira de pensar! Costumo dizer que envelheci uns 10 anos! rsrs

    A mini-saia agora é saia lápis (chiquérrima ao meu ver), o vestido acinturado agora tem corte reto (bem confortável), decote agora só quando abro 0s 3 primeiros botões na camisa!! rsrs

    Vestir-se a la femme fatale de vez em quando é bom, mas me sinto desconfortável, sabe?! Acho que ficamos até mais bonitas quando estamos nos sentindo bem dentro de uma roupa, independente de decotes ou fendas, concorda?!

    Beijo grande

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  • Amei!!!! Quero crônica todo dia!! Hahaha
    Muito legal o que vc escreveu! Se ficasse solteira hj, passaria exatamente por tudo que vc falou!

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  • Oii Lari,
    eu passei pro essa mesma reflexão após terminar um namoro de 6 anos. Em um relacionamento, a gente se sente confortável para explorar nossa estilo, enquanto na vida de solteira, nos sentimos “obrigadas” a nos encaixar em um certo padrão de beleza e estilo para atrair a atenção masculina. Bato palmas para sua conclusão de se vestir como quiser e não ligar para o resultado de tal. Te desejo muita força nesse momento! Um beijão
    PS.: adoro o seu blog!

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  • Amei sua cronica Lari, e concordo! Primeiro amamos nossa musa fashion que fisgou principe, bad boy, lord entre outros…lol.
    Acho que a essência conta mais que o look. E a sua é assim, clássica, elegante e waldorf!
    xoxo

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  • hahahahahahahahahahahha
    Amiga! Me identifiquei muito!
    Quando terminei, há anos atrás, não tinha uma blusa com decote! hahahahhaha
    Mas percebi que o decote não era tão necessário como eu pensava… ainda assim, alguns deles entraram no meu guarda-roupa e desde então não saíram mais, estão lá a espera da femme fatale querer aparecer novamente, mas dessa vez, casada!

    Adorei a crônica!

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  • Oie Lari, amo seus posts! Vc eh elegantérrima sempre, com decote ou sem decote! Vc pode estar com blusa de gola, cabelo desgrenhado, etc como falou, e estará sempre abalando! O que conta mais é a sua atitude, isso nenhuma roupa vai mudar! Td de maravilhoso nessa nova etapa pra vc! bjs

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  • Lari, que coisa, curtia ver sua visão de sampa…
    Anyway, quanto ao real tema do post, super acho que para conquistar alguém, temos que ser nós mesmas!
    Conheci meu marido usando terninho, ele se apaixonou eu usava uma chemise (segundo ele eu estava vestida de mary poppins) e o jeito que ele mais gosta que eu me vista é de calça jeans e camisa ou legging e camiseta, pq, segundo ele, valoriza meu corpo… Seja você que já é mara!
    Beijos, Pá.
    @papalombo
    http://fashionandotherthings.com

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  • Amo as suas crônicas, e já estou ansiosa esperando a da próxima semana.
    Beijosssss
    Continue assim contemporânea/romântica e linda!!!!

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  • Lembra da fase calça jeans rasgada +Reef, que me deixava irritada, Kkkkkk
    Bj

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    • hahahahahahahaha Mães e sua mania de resgatar nosso passado negro!!

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  • Lari,
    Estou adorando suas crônicas, poste mais vezes!!!
    E acho seu estilo lady like lindo e super combina com seu rosto angelical!!!

    Bjs

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  • Oi, Lari! adorei a crônica, você escreve mto bem 🙂
    eu fiquei pensando em um ponto sobre o exemplo que vc dá de como estava vestida ou em geral quando conheceu pessoas super importantes da sua vida (o que eu acho que dá uma outra crônica, mas aí a indústria da moda te mata rs). Minha irmã sempre me falava que com ela quando ela conhecia alguém interessante ela sempre estava vestida normal, simples . Quando botava aquela expectativa e fazia a mega produção não aparecia ninguém. E acontecia mesmo isso eu ficava impressionada. Eu não sei pq, mas acho que procede… parece que quando não estamos tão tensas em gerar uma boa impressão acabamos criando oportunidades pra quem gosta de nós como somos (ou aquilo que valorizamos de vdd) se aproximarem…
    bjus

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  • Lari eu adorei sua crônica, já estou aguardando a próxima. Eu tb já passei por isso, atualmente prefiro meu modo de vestir hoje, acho mais elegante a pessoa não mostrar muito. Adoro a maneira que vc se veste, muito elegante e tento pegar umas dicas sua, para usar, mas lógico adequado no meu biotipo rsrsrs. Sinto muito pelo fim de seu relacionamento, tenha força, e lembre-se que na vida tudo passa, nascemos para ser felizes, amar e ser amada!! Bjos

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  • Lari, tô imaginando suas amigas te dando bronca pela escolha da roupa… kkkkk Isso já aconteceu com todas nós mulheres.
    Com essa crônica me dei conta de que se vc tem estilo e bom senso para se vestir, quando você usa um vestido decotado, porém super elegante, não passa aquela impressão de “piriguete”. Sinto que há um respeito do ponto de vista de quem vê e segurança de quem usa.
    Adorei!!! Beijocas

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  • Lari,
    Vc escreve super bem!!! AMEI sua crônica! Escreva mais vezes, por favor.
    Olha, você é linda, elegantérrima e logo logo vai achar um homem para chamar de seu. E que ele te ame desse jeitinho que você é……lady like e clássica.
    Se eu te disser que meu namorado AMA minhas roupas de trabalho você não acredita. Ele é louco pelas minhas camisas sociais, pois acha que eu fico muito mais sexy do que com qualquer vestido justo e, além disso, diz que outros homens – como ele – acham a coisa mais linda do mundo mulher com roupas sociais.
    Fica a dica 😉
    bjs.

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  • Lari, espero que você esteja bem com o término. Recentemente, terminei um relacionamento de quase 4 anos. Foi muito difícil no começo, até porque me obriguei a sair muito e adotar um estilo “curtindo a vida adoidada”. Saiba que cada coisa tem seu tempo 🙂 Beijos

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  • Lari, você escreve muuuuito bem!!! Fácil de ler, prende o leitor, e mais importante, dá a certeza viva de que é você por trás do post! E essa troca é muito bacana!
    Me identifiquei muito com tudo o que você falou, acho que todas nós, em algum momento da vida, passamos por isso. E tenho que concordar, que quando é para acontecer, nada conspira contra! E a máxima de que, muita expectativa, mais decepção, também é verdade. Tudo tem seu tempo, e devemos respeitá-lo sem esquecer que atraímos que emanamos, então, se estamos confortáveis com nossa versão, é com ela que vamos atrair as pessoas que vão entrar em nossas vidas. Mas, psicologia a parte, nos conte da onde era aquele vestido baphônico!!! hahahha
    Beijos

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  • hahaha pode dedicar esse post a mim!

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  • Lindona, sinto pelo término do seu namoro. Vocês formavam um casal fofo e pareciam felizes, mas acho que temos que nos sentir completos, inteiros numa relação, e se algo não está bom, temos que buscar o que é melhor para nossas vidas. Estou adorando essa Lari cronista, rs. Saudades de vc. Quero te ver garota. Bjs

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