O caso Zara

Para quem não sabe, um assunto vem dando o que falar nas mídias sociais: o trabalho excessivo dos costureiros que produzem peças de roupas para a marca espanhola Zara. E eu, como boa geminiana, me senti na obrigação de expor a minha opinião sobre o caso.




Vou explicar a situation: o programa A Liga fez uma reportagem denunciando a empresa terceirizada que produz roupas para a Zara. Segundo a matéria, a empresa não segue as leis trabalhistas brasileiras, e os funcionários trabalham por horas excessivas, ganham pouco e em condições péssimas.


A reportagem


Resultado? Começou a chover nos twitters e faces da vida mensagens do tipo “abaixo Zara” ou “Zara é a favor da escravidão“, etc. Posso ser sincera? Essa notícia não é uma novidade. Eu não estou aqui para defender a Zara, mas tão pouco acho que podemos ser inocentes e tomarmos um lado como verdadeiro sem fazermos uma reflexão antes.




contrastes


Primeiramente, isso não acontece só com a Zara e só no Brasil. Já prestou atenção nas etiquetas? pelo menos 50% do que você veste é made in China. Por que será? Por que o povo asiático é melhor costureiro? Bien sûr que não, né? Lá sim não existem leis trabalhistas reais, e para piorar o governo faz vista grossa para essa exploração da mão de obra humana absurda. E o que o mundo (aka povo com dinheiro) faz? ignora o fato e continua comprando suas roupas de malhar da Nike feliz da vida.


Segundo ponto. Todos estão falando como se a Zara-mãe (matriz) soubesse de tudo e fosse malvada como as bruxas dos filmes da Disney. A empresa é uma multinacional. Como saber que um franquiador brasileiro, entre as 16 empresas terceirizadas que ele contrata, UMA delas não cumpri as leis trabalhistas? Podem falar que ela tinha obrigação de saber, porém é utopia. Quem tem noção de business sabe como isso é inviável. A base de um negócio de sucesso é saber delegar funções, mas, infelizmente, as vezes as responsabilidades de um cargo são demais para o escolhido. Porém, vale ressaltar, que mesmo assim é papel da matriz se esforçar para fiscalizar tudo.


Mas, o lado positivo disso tudo? É ver como a opinião do consumidor é importante e valorizada pelas empresas. Essa situação serve de alerta para outras marcas. Nós estamos de olho e nos importamos com a origem dos produtos. Lembram do caso nike? quando descobriram que eles também exploravam indevidamente os trabalhadores chineses? Pois é, até hoje a marca esportiva investe pesada em marketing e ações nas quais associem a marca contra a mão de obra escrava. Afinal, muita gente deixou de consumir seus produtos em reação a situação – eu conheço pessoas que até hoje em dia não compram.


Além disso, eu acho que é o nosso papel mesmo, questionar, perguntar, duvidar, e fazer o que sua consciência mandar. Por exemplo, eu não compro nada que seja de pele verdadeira. É um protesto particular, eu simplesmente pergunto na loja se é fake ou não, e caso seja verdadeira não compro e nem perco meu tempo explicando o por que. Bom, só sei que estou no aguardo da nota oficial da empresa para decidir se continuo ou não comprando na Zara, afinal nossa decisão é importante sim.


É isso! Precisava desabafar.
E vocês, o que acham disso tudo?





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