Crônica: liberdade abra as asas sobre nós

No meio de um bloco do Carnaval, entre um ziriguidum ali e uma(s) latinha(s) de cerveja acolá, uma amiga terminou nosso bate-papo (ou melhor, atualização de fofocas) falando a famosa frase: “…deixo as coisas que amo livres. Se eles voltarem é porque as conquistei. Se não voltarem é porque nunca as possuí.”
Pronto! Passei a semana pensando no que é liberdade e o que ela significa para mim. Primeira coisa que eu faço quando quero entender algo é ir na origem do seu significado. Então vamos lá, segundo a definição do dicionário Michaelis liberdade é: 1– Estado de pessoa livre e isenta de restrição externa ou coação física ou moral. 2– Poder de exercer livremente a sua vontade – e vou tomar a licença poética de colocar só as primeiras explicações.
No momento escrevo essa crônica do avião, rumo a uma viagem que eu programei tudo – pasmem – em 5 dias. Na minha fase atual eu tive a liberdade de programar uma viagem em menos de 1 semana, sem dar explicação para alguém – ok, contei para os mais próximos -, mas o que quero dizer é que conforme a definição, exerci livremente a minha decisão e não precisei de uma permissão.
E como há muito tempo eu não sentia, me senti livre e independente. Reencontrei aquela Larissa que com 18 anos foi parar em Amsterdãm com 2 “recém amigas de infâncias” porque simplesmente o desconhecido me encantava – e ainda me encanta.
Isso me faz retomar a citação inicial, por que em relacionamentos insistimos em enquadrar as pessoas em nossas próprias fórmulas? Por que restringimos tanto? Você não pode isso, não pode aquilo, me ligue ao acordar, ao comer, ao dormir… E eu faço parte desse grupo, sou a primeira a virar ditadora do pequeno e complexo país que se chama relacionamento a dois.
Hoje em dia acredito que o segredo de uma relação de sucesso é a liberdade. Se ele gosta de ver futeball as quartas, deixe ué! Se ela precisa da viagem com as amigas anualmente que a permita. A restrição do que o outro gosta é como uma bomba relógio, um dia a essência da pessoa explode. Afinal, ninguém consegue se sentir reprimido por muito tempo, vai por mim.
Então, termino esse texto com um manifesto a favor da liberdade: sejamos livres para falar, agir, nos vestir e fazermos o que nos faz feliz. E vai por mim, deixe quem você ama livre, ele vai voltar.
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