“Chic” não se compra

Outro dia, eu e minhas amigas começamos uma discussão calorosa sobre o seguinte tema: afinal, é possível ser chic sem um badget de Eike $$$ Batista?

Logo disse minha opinião, “é claro que sim”, e resolvi escrever esse post para comprovar minha tese.

1- Marca não é sinônimo de beleza.

 


Os grandes estilistas também erram. A assinatura na peça nem sempre está ligada a beleza. Vai dizer que alguém gosta daquela bolsa colorida com cara de utensílio de fantasia de carnaval da LV? Melhor usar uma básica preta da feirinha, e estar impecável.


2- Invista em marcas sim, mas não vire um outdoor ambulante.



Todo mundo já viu ou conhece alguém que precisa usar o monograma da Louis Vuitton dos pés a cabeça para se sentir bem – cof cof jogador de futball. Mas ai que está o erro, não é só por que um produto é da Dior que ele merece morar no seu closet. Compre pelo amor a peça (não interessa se é cara ou barata), e não pela assinatura.

3- Aprenda a ter olhar crítico.

Se tem uma coisa que eu amo é garimpar achadinhos em lojas desconhecidas. Tem muitas marcas com preços mais acessíveis justamente por não serem famosas, e são nelas que você pode comprar peças de qualidade em um valor digno. Além de economizar dinheiro, se você é pão-dura como moi, vai sentir uma felicidade interna inexplicável de “fiz boas compras, e não fui extorquida“.

4- Tempo sobrando? se aventure nas lojas de departamento.

 


Nesse caso não estou falando de Forever 21 e H&M, pq nem todo mundo pode ir para os EUA com frequência para renovar o estoque de blusas básicas. Mas duas que eu recomendo aqui no Brasil são a Renner e a C&A.

Quando eu era adolescente, eu não tinha cartão de crédito, e nem sempre meu pai concordava em me dar algo, ou, pra falar a verdade, caia nas minhas desculpas esfarrapadas de “tenho festa toda semana“. O que eu fazia? juntava meu dindin de almoçar e lanchar na escola, e ia nessas lojas. Claro que é muito mais difícil achar algo cool, mas vai por mim é possível. E a sensação do item 3 também se repete nesse caso.

5- Economize.


Muitas pessoas criticam “ciclana só anda com coisas de marca“, ou “eu queria isso, mas nao tenho dinheiro“. Ao invés de gastar tudo com 1milhão de peças baratas, junte seu money para adquirir itens de qualidade e atemporais. Por exemplo uma chanel 2.55 preta. Você pode montar diversas produções com ela, e nunca sairá de moda. Use esse critério em sapatos, pashiminas, blazer… são peças clássicas no closet. E você vai passar a impressão de ter “vários” itens grifados.


Vou contar um caso pessoal. Aos 17 anos, no meu primeiro intercâmbio em Paris, meu pai resolveu me testar. Me deu um valor X para sobreviver. Eu usaria como eu quisesse, e não poderia pedir nada. E o que eu queria nessa idade? uma bolsa da Gucci. Economizei nas compras de mercado, e caminhava ao máximo pra não gastar metrô. Resultado final? fiquei mais magra AND comprei duas Guccis. Além do meu pai ficar orgulhoso, eu fiquei orgulhosa por mim mesma, e entendi a lição que ele queria me passar. Até hoje o valor daquela compra e o cuidado, por ter sido “suada“, nem se compara em passar o cartão vapt e vupt ali na esquina.

5- Marca não é sinônimo de elegância.


As pessoas mais chics que eu conheço podem vestir Marisa, que continuam com cara de Hermès. Qual o segredo? vem de dentro, do jeito de ser, a educação. Você pode estar com uma birkin maravilhosa de baixo do braço, mas se quando abre a boca o que sai são erros de português, tom de voz elevado, palavrões, ou não sai conteúdo nenhum, a it bag simplesmente desaparece da pessoa. Afinal você não vai lembrar dela pela roupa, e sim “cruzes da onde veio aquele ser?“. Na minha humilde opinião, é o caso de Kim Kardashian. Ela pode mergulhar nas grifes que não perde a cara de popozuda do Irajá. Mas vale destacar que gosto não se discute, cada um tem o seu, né? Fãs da Kim não me crucifiquem!

Eu termino o post com a célebre e poética frase da nossa Lady Kate: “o qui falta-mi é o gramur”

Afinal, o Glamour, o Chic, não se compra. Invista em educação, estudo, conhecimento, simpatia, trate todos bem, faça sempre o seu melhor, que com certeza o caminho para a “chiqueza” será mais curto.


Agora é com vocês leitoras, concordam ou discordam?

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Look

Quem ainda não se tacou na tendência das calças coloridas, pode começar a se jogar! Ao contrário do que muitas pensam, a calça coloridano maior estilo integrante do restart – é super flexível! Se encaixa nas mais variadas produções, seja day by day, ou a noite. Outro dia mesmo, a moça que trabalha na minha casa disse para minha mãe “passei logo essa calça porque a Larissa usa muito” hahaha. Ou seja, a minha já está andando sozinha por aí!

O look de hoje,com minha red pants, eu usei para sair com as minhas amigas. Nada muito sério, um encontro descontraído para jogar conversa fora. 

Mix de estampas de onça… love or hate it?



Blusa- Bobô
Calça- ATeen
Ankle boot – Jorge Bischoff
Clutch – Amie
Cordão – As Meninas

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Leitura (f)útil

Como o título sugere, hoje a minha dica de leitura são de dois livros despretensiosos, e uma delícia para aqueles dias de dolce far niente: It Girls, por Alessandra Garattoni, e Confidencial por Constanza Pascolato.


Para as fãs do extinto blog It Girls, é leitura imperdível. A autora Alê Garattoni reuniu em 235 páginas os melhores posts do blog. Ela aborda temas como etiqueta, moda, ícones femininos, mercado de trabalho, beauté, educação, etc. Eu terminei o It Girls em uma tarde na piscina, mas precisamente em cerca de 2h30! haha super recomendo.

Constanza Pascolato é sinônimo de elegância. Aos 69 anos, ela sempre aparece nos eventos de moda com looks impecáveis, cultíssima entende tudo de história da arte e moda, e ainda escreve matérias antenadíssimas na Vogue. Sem dúvida alguma, é um exemplo de como podemos envelhecer bem, e que não é necessário temermos a idade. No livro, ela revela os seus segredos, e compartilha sua vida com as leitoras. Demais, né? estou na metade… e comecei    semana passada…


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