Saúde em foco: informações nutricionais

Hoje é dia de novidade aqui no blog. Com muito prazer apresento para vocês a tag Saúde em foco. Toda segunda (dia oficial da dieta! rs) a nutricionista Dra. Fábia Massarani vai dar uma dica de saúde, bem estar e beleza.

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Acho que tem tudo a ver com a gente, né? Afinal, eu sempre preguei aqui no blog a bandeira do equilíbrio. Vamos ser lindas e magras sim, mas com muita saúde.

Assim, nada melhor do que uma profissional para falar desse tema. Ah! E a Fábia além de ser uma profissional incrível, é também leitora do blog – está mais do que acostumada com nosso cantinho rs. Assim, seja bem vinda querida.

E para estrear, o post de hoje é sobre: como e por quê ler as informações nutricinais dos alimentos nas embalagens? Fiz uma série de perguntas para a Dra. Fábia e espero que ajude vocês também. Vejam só:

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– Por que devemos ler as informações nutricionais mesmo quando está escrito light e/ ou integral na embalagem?

Devemos ter sempre muito cuidado. Light é o termo utilizado em alimentos produzidos de forma que sua composição seja reduzida em, no mínimo, 25% o valor calórico ou algum nutriente, tal como açúcar, gordura total, gordura saturada, colesterol e sódio, quando comparado com o produto tradicional ou similar de marcas diferentes.

Então não necessariamente tem pelo menos 25% a menos de calorias, a maioria espera. E em muitos casos, os fabricantes não afirmam na embalage com quais produtos foram comparados. 25% a menos do que qual referência? Sem um parâmetro, isso pode não dizer nada, pelo contrário, não garante mesmo que seja um alimento saudável e/ou de valor calórico/de gordura reduzido.

Aproveito para lembrar também que muitas vezes esse alimentos acabam possuindo mais sódio, devemos fica de olho. Temos também o conceito de diet, que é um alimento com foco na dieta dos diabéticos, com teor reduzido de açúcar, mas não necessariamente menos calórico. Muitas vezes apresentam até mais gorduras e aditivos alimentares, por isso devemos sempre ficar atentos.

Quanto ao integral, falamos sempre sobre os seus benefícios para a saúde, por,possuírem maior quantidade de vitaminas, minerais e fibras. São considerados integrais grãos e cereais que não passaram por um processo de refinamento. Como a casca e a película não são descartadas, há uma maior preservação dos nutrientes e das fibras, e daí que saem tantos efeitos benéficos para o nosso organismo.

Porém, existem no mercado falsos produtos integrais, constituídos principalmente por farinha refinada (farinha branca “normal”). No pão integral, por exemplo, em muitas marcas encontramos 90% de farinha branca e 10% de farinha integral (e consideram como “integral” na embalagem).

A farinha branca não agrega valor nutricional, por isso é importante saber se a marca está utilizando mais a farinha integral do que as demais, e para isso basta olhar no rótulo. A farinha integral deve aparecer antes das demais farinhas na lista de ingredientes. No Brasil, ainda somos muito carentes de normas e fiscalizações nesse sentido, mas se adotarmos os parâmetro americano, o produto deve ser constituído pelo menos 51% de farinha integral (ou seja, mais da metade).

– Quais itens devemos prestar atenção nas informações nutricionais?

Além dos já citados é sempre bom observarmos na lista de ingredientes se há acréscimo de açúcar no alimento (diferente do açúcar naturalmente presente, como lactose e frutose), e caso tenha, se pelo menos é açúcar mascavo, se agrega algum valor nutricional. O excesso de aditivos alimentares também é prejudicial.

Outro fator muito importante: assim como os “falsos integrais”, são os “falsos fibrosos”. Segundo a nova legislação a entrar em vigor, mais rígida e coerente, o alimento deve ter 5g por porção ou 6 g de fibras por 100 g de prato preparado para ser considerado rico em fibras, o que é muito difícil. Sugiro analisarmos da seguinte forma: 2,5g por porção de alimento/produto ou 3 g de fibras por 100 g de prato preparado já podemos considerar boas fontes.

Ou seja… As barrinhas de cereal em sua grande maioria passam bem longe disso! Outra grande farsa é o 0 g de gordura trans na porção. Em qual porção? Na que realmente consumimos no dia a dia? E mais: uma quantidade menor ou igual a 0,2 g de gordura trans em uma porção é considerada uma quantidade não significativa e pode ser declarada no rótulo como “zero”, “0 g” ou “não contém”.

Esse porcionamento proposto do produto muitas vezes é bem pequeno (2 biscoitos, por exemplo) e acabamos consumindo mais (muitas vezes o pacote inteiro – oi, tpm!) e adquirindo assim uma quantidade considerável dessa gordura hidrogenada e repleta de malefícios, mesmo com a alegação de 0 g de gordura transno rótulo.

Outro fato que devemos estar atentos é o sódio, que falo melhor abaixo. Sabemos que temos uma recomendação diária, mas muitas vezes esquecemos que o sódio está em tudo o que consumimos, até mesmo nas frutas, legumes e verduras, então não dá para ficar contando pelo rótulo e sim evitar sempre ao máximo o sal de adição e os indutrializados ricos neste mineral.

– Qual o mg aceitável de sódio em um alimento industrializado?

Essa é uma questão difícil, pois depende de toda essa problemática do porcionamento do rótulo, do produto. Sugiro até 40mg para um alimento com porção igual ou maior do que 30g. O ideal seria menos do que 5mg por porção do produto. Mas isso é muuuuito difícil de encontrarmos em industrializados e ainda fora da nossa realidade!

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Bom meninas, espero que tenham gostado dessa nova tag fitness. Eu já achei esse primeiro post super esclarecedor, viu? Olhei a tabela nutricional de outra forma agora rs.

E não se esqueçam, qualquer sugestão de pauta/assunto para esse tema, ou alguma dúvida específica, me falem que aviso a Dra. Fábia. Combinadas? Até o próximo Saúde em foco.

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Comentários

  • Lari, tem um tema de nutrição que tenho dúvida: os aliméticos, alimentos-cosméticos. Afinal, beauty candy e beauty drink trazem benefícios reais ou são placebo? Bjs!!

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    • Ótima questão Manu, vou perguntar para ela 😉

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  • Que matéria top!! Esclarecedora. Pude ver que meu consumo de fibra é mínimo, e achava que arrasava no pãozinho “integral” e na barrinha!!!!

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    • Muito obrigada Eduarda! Fico muito feliz em saber que gostou. Beijos

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