Tudo sobre Mendoza, Argentina (Parte #01)
E foi dada a largada para o primeiro roteiro de viagem em 2019, uhuuul! Quem me acompanha no Instagram (@lariduarteoficial) viu que em janeiro eu fui para Mendoza, famosa região de vinhos dos nossos hermanos argentinos.
Vocês sabem como eu AMO uma wine trip! Inclusive, já escrevi sobre Bento Gonçalves no Brasil (posts aqui e aqui), e sobre Bordeaux na França (posts aqui, aqui e aqui). Mas, eu confesso que tinha um (pre)conceito com Mendoza…. Achava que não devia ser tão bonita a paisagem, ou organizado… E não tenho ideia de onde tirei isso #shameonme. Puro engano! Como é bom ver que estávamos completamente enganadas, né? Fui surpreendida – MUITO – positivamente com nossos vizinhos.
Cenários deslumbrantes com a cordilheira dos Andes ao fundo, tratamento in-crí-vel (em todos os lugares fui muito bem recebida), restaurantes com comidas maravilhosas, e vinhos deliciosos que não perdem nada para os do velho mundo, viu?
Assim, como eu recebi muuuitas mensagens de vocês com dúvidas sobre meu roteiro, como de costume, vou colocar o meu guia de Mendoza todo aqui. Espero que gostem, e buen viaje!
Sobre Mendoza
Como chegar?
Hoje em dia têm voos direto de São Paulo para Mendoza – apenas dois por semana, mas têm haha. Você também pode ir com voos com escalas em Buenos Aires ou em Santiago, e nesses casos têm opções todos os dias da semana, com maior variedade de preços. Eu fui de Aerolíneas Argentinas com escala em Buenos Aires, e não tive problemas.
Como se locomover?
É indispensável um carro. Não se faz nada a pé na região, e as distâncias são longas. Você pode alugar um já no aeroporto, ou contratar um motorista particular.
Como em todas nossas viagens de vinho, eu e meu noivo optamos por alugar um carro. Acreditamos que dá mais liberdade ao roteiro, sabe? Ficamos livres para mudar os planos a qualquer hora haha. Além disso, as estradas são ótimas e o aplicativo Waze funcionou muito bem – graças a Deus! Mas, pra quem não curte dirigir, eu acredito que contratar um motorista vale todo o investimento.
Qual melhor época para ir?
Não existe uma “época ideal”. Nós brasileiros temos fama de invadir Mendoza durante o inverno, deve ser justamente para curtir o frio que não temos haha. Mas, eu fui agora em pleno verãozão, e apesar das temperaturas quentes (pegamos até 35 graus!), eu achei a experiência ótima também. E é uma época que o turismo de aventura bomba por lá! Têm muitas trilhas, cavalgadas, raftings… Quero conhecer esse lado da região numa próxima visita.
Mas, de maneira geral, eu, Lari, acredito que as meias estações (Outono e Primavera) são as melhores para viagens – em qualquer lugar do mundo. E como Mendoza tem um clima desértico, o bom dessas épocas é que você pega dias quentes e noites frias, delícia!
Quais vinícolas visitar?
Essa é a pergunta do milhão hahaha. Existem muuuitas vinícolas na região, mas eu vou compartilhar as que eu fui e amei (no caso todas <3 ), e as que pessoas próximas recomendaram também, ok?
E vou separar também pelas regiões dentro de Mendoza para facilitar na hora de montar o roteiro. Isso é muito importante, pois dependendo de onde você estiver hospedado, a distância pode ser longa entre um lugar e outro. Atenção ao Waze na hora de se organizar, viu?
Outro ponto importante é que para fazer as visitas é fundamental reservar com antecedência. E muitas vinícolas não respondem email, então o jeito é ser old school, pegar o telefone e agendar. Simples assim hehe. Ah! E a maioria das visitas são pagas (diferente de Bordeaux e Piemonte…), mas o valor varia em cada lugar.
Bom, dito tudo isso, vamos lá!
É a vinícola de um dos mais famosos wine makers da região, Alejandro Vigil. É ele o wine maker da Catena Zapata, vinícola argentina mais famosa que lançou Mendoza pro mundo.
O El Enemigo ficou muito conhecido também porque um de seus vinhos ganhou 100 pontos na escala Robert Parker (um título importante no mundo dos vinhos).
Além disso tudo, a vinícola é super bonita, com vários cantinhos fotogênicos hehehe.
Essa é outra vinícola que produz vinhos deliciosos. Destaques para o Quimera, Bella Vista e o Altamira. A vinícola era de um wine maker muito famoso também da região, Santiago Achaval, mas foi vendida para um grupo russo há alguns anos. De qualquer forma, seus vinhos continuam excelentes, e a visita foi muito bem guiada.
Vinhos muito bons também, e a vinícola é deslumbrante de linda.
É a vinícola atual de Santiago Achaval (o ex-dono da Achaval Ferrer). Depois de vender a Achaval Ferrer, ele montou essa na mesma região. Prático hahaha. Tivemos a chance de conhecer Santiago, e é impressionante o seu amor pelo trabalho com vinho, uma inspiração! Sem tirar o mérito de Gonçalo, quem conduziu nossa visita com toda calma e atenção do mundo. Adorei a experiência.
Foi a nossa última visita, mas não por isso menos incrível. Os vinhos são de-li-ci-o-sos, e a degustação foi muito bem conduzida por Martina, que em pleno sábado de chuva e com 2h de atraso (não façam isso! Haha) nos recebeu muitíssimo bem.
A Viña Cobos é do wine maker americano Paul Hobbs, que produz vinhos em Nappa Valley, e se desafia em produzir vinho em diversos lugares diferentes do mundo, como Armênia (!!!).
É uma vinícola nova, mas a família que comanda, os Michelini, estão no ramo há anos. O diferencial do SuperUco é ser uma vinícola orgânica, sustentável e biodinâmica. Um segmento de vinícolas que cuidam de suas produções de acordo com fases da lua. Super interessante!
Como SuperUco, a Piedra Infinita é uma vinícola nova, mas a família Zuccardi está no ramo de vinhos há anos. Até hoje Ema Zuccardi de, pasmem, 93 anos (!!!) é presente nos negócios da família. Tivemos a chance de conhecer Sebastian Zuccardi que toca a vinícola, e sua irmã Juli Zuccardi que cuida do marketing e eventos. Mais uma vez ficamos encantados com o amor genuíno das pessoas com o que fazem. Muito bonito ver um negócio familiar continuar assim.
Outras vinícolas que eu não fui, mas Marcelo, meu namorado, garantiu que vale a visita: Catena Zapata, Salentein, O. Fournier e Mendel.
Vinícolas que queremos conhecer ainda, se alguém já foi me contem o que acharam:Zorzal, Vinã Alicia, Bressia, Pulenta e Luigi Bosca.
Bom, pra não perder o costume, eu vou dividir o roteiro em duas partes para vocês não cansarem de mim haha. No próximo post, eu vou dar dicas deliciosas de onde comer em Mendoza (mas, já adianto, come-se muuuito bem na região), e onde se hospedar, ok? Hasta Luego!
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