Pensata

Os 3 (felizes) kgs a mais

balanca

Para quem não sabe, uma das grandes paixões da minha vida se chama Peter, um chihuahua de 6 anos de idade – com mentalidade de 1 – e que pesa 1kg 500. Mas, essa crônica não é sobre ele, e sim sobre os “dois Peters” que ganhei desde que fiquei solteira. Isto é, 3kgs a mais na balança.

Pode soar exagerado esse texto, eu sei que não estou à beira da obesidade, mas toda vez que olho o Peter custo a acreditar que dois dele estão espalhados entre culote, barriga e braços. Porém, me chamem de louca, até que eu gostei desses quilinhos e vou explicar.

Há umas 2 semanas, já reparando que estava mais bochechuda e com aquelas safadas teimosas das celulites a mais, resolvi retornar a minha endocrinologista. Deveria ter uns 6 meses que eu não ia, e o comentário dela sobre meu exame, principalmente meu peso, já era o esperado: “o que aconteceu Larissa? Seu maior peso registrado comigo”.

Batimento de recorde a parte e milhões de desconfianças depois (tireóide, hormônios etc…), eu resolvi contar a verdade, “Dra. Estou solteira” e recebi um “ah! Então está explicado”.

Esse comentário me fez reavaliar tudo que fiz/vivi que poderia ter feito eu ganhar esses Peters. Noites viradas, fim de festas terminadas entre pizzas e Mc Donalds, alguns – ok, muitos – drinks a mais, falta de tempo para exercícios… E por aí vai, uma vida bem saudável #SóQueNão. Mas, parei para pensar, e de coração? Faria tudo de novo.

Afinal, tudo isso foi a base de crises – e muitas – de riso, gargalhadas, muitas histórias para contar, fortaleci ainda mais grandes amizades, aprofundei novas amizades, descobri ser uma pessoa querida por quem nem imaginava, e o principal, nunca me senti tão em paz comigo mesma.

Se a consequência de “tudo isso” são 3kgs a mais, então eles foram mais do que bem vindos e vividos. E cheguei a conclusão que mais vale uma barriguinha saliente com um sorriso no rosto, do que uma chapada/sarada entre choros e brigas. É o que eu sempre digo, uma mulher bem resolvida e feliz abre muito mais portas que uma mau humorada na calça 36, vai por mim.

De qualquer forma, enquanto isso confesso que vou tentar conciliar os dois, uma vida bem vivida e meu corpitcho de volta.

PS: quem me segue no Instagram (@blogdalari) sabe que estou indo viajar. No momento aguardo minha conexão no aero de Lisboa e sabe-se lá por que tenho tanta concentração para trabalhar em aeros. Acho que vou montar meu escritório em um rs.

Continue a leitura

Crônica: click! Strike a pose

Crônica-Lari-Duarte-streetstyle

Acredito que 90% das pessoas que estão lendo esse texto no momento vão dizer que adoram uma foto de streetstyle. Afinal, streetstyle no nosso portuguesão nada mais é que o estilo das ruas. E quando o “streetstyle” é de semanas de moda então… O objetivo? Se inspirar com o que realmente as pessoas estão vestindo nas ruas de verdade, né?

Sinto muito, eu juro que não queria bancar a “estraga-prazer”, mas tenho que te contar uma verdade: nunca vi um estilo de rua tão “não-natural” como o da porta dos desfiles. Pronto, falei.

Na semana em Paris vi que a fórmula para ser a mais recente musa do streetstyle é fácil (e a blogger francesa Garance Doree fez um manual aprofundado excelente, para quem quiser ler só clicar aqui). Em suma você precisa de no mínimo um dos três seguintes itens: estar bem colorido (vale néon, pink e até branco, menos preto, ok?), faça mix de estampas, ou coloque uma melancia na cabeça, é tiro e queda.

Só caprichar no carão, parar – do nada – na frente do mutirão de fotógrafos et voilá! Dia seguinte, ou se bobiar no mesmo dia, você já vai estar em sites/instagrams de streetstyle em todo o mundo.

Passado o baque inicial, vamos começar a falar de moda de rua de verdade. Essa rua onde fica seu prédio, daqui mesmo. O que você veste quando vai fazer as unhas no salão do esquina? O que sua amiga veste quando vai te encontrar para tomar aquele suquinho da fofoca no fim de domingo? O que sua irmã veste quando vai encontrar aquele bofe da academia com o qual ela sempre quis sair?

Lembrou? Não? Pois a partir de hoje passe a prestar atenção porque essa é a verdadeira moda de rua, o streetstyle da vida real. Eu mesma em Paris para ir ao desfile fui toda trabalhada na estampa floral (linda por sinal), mas vou ser sincera, na minha vida privada se eu estivesse indo pegar um cineminha sem dúvidas estaria com uma camisa, uma saia rodada e sapatilhas – e provavelmente com algo preto, tenho uma tendência fortíssima a me vestir de luto.

O que eu quero dizer é que ao invés de olhar pra fora, nos sites gringos ou não, para ver o que as pessoas estão usando, sugiro olhar para o lado. Tão mais fácil, simples e perto. Tenho certeza que na sua hora de almoço amanhã você não vai atravessar a rua com salto 15 lindamente como nos registros de streetstyle, mas pode se inspirar naquela colega do escritório que comprou uma anabela em promoção na loja da esquina.

Se falamos tanto que queremos a moda para mulheres reais, acho que devemos começar a nos inspirar também em mulheres reais.

Continue a leitura

Crônica: liberdade abra as asas sobre nós

Crônica-Lari-Duarte-liberdade

No meio de um bloco do Carnaval, entre um ziriguidum ali e uma(s) latinha(s) de cerveja acolá, uma amiga terminou nosso bate-papo (ou melhor, atualização de fofocas) falando a famosa frase: “…deixo as coisas que amo livres. Se eles voltarem é porque as conquistei. Se não voltarem é porque nunca as possuí.

Pronto! Passei a semana pensando no que é liberdade e o que ela significa para mim. Primeira coisa que eu faço quando quero entender algo é ir na origem do seu significado. Então vamos lá, segundo a definição do dicionário Michaelis liberdade é: 1– Estado de pessoa livre e isenta de restrição externa ou coação física ou moral. 2– Poder de exercer livremente a sua vontade – e vou tomar a licença poética de colocar só as primeiras explicações.

No momento escrevo essa crônica do avião, rumo a uma viagem que eu programei tudo – pasmem – em 5 dias. Na minha fase atual eu tive a liberdade de programar uma viagem em menos de 1 semana, sem dar explicação para alguém – ok, contei para os mais próximos -, mas o que quero dizer é que conforme a definição, exerci livremente a minha decisão e não precisei de uma permissão.

E como há muito tempo eu não sentia, me senti livre e independente. Reencontrei aquela Larissa que com 18 anos foi parar em Amsterdãm com 2 “recém amigas de infâncias” porque simplesmente o desconhecido me encantava – e ainda me encanta.

Isso me faz retomar a citação inicial, por que em relacionamentos insistimos em enquadrar as pessoas em nossas próprias fórmulas? Por que restringimos tanto? Você não pode isso, não pode aquilo, me ligue ao acordar, ao comer, ao dormir… E eu faço parte desse grupo, sou a primeira a virar ditadora do pequeno e complexo país que se chama relacionamento a dois.

Hoje em dia acredito que o segredo de uma relação de sucesso é a liberdade. Se ele gosta de ver futeball as quartas, deixe ué! Se ela precisa da viagem com as amigas anualmente que a permita. A restrição do que o outro gosta é como uma bomba relógio, um dia a essência da pessoa explode. Afinal, ninguém consegue se sentir reprimido por muito tempo, vai por mim.

Então, termino esse texto com um manifesto a favor da liberdade: sejamos livres para falar, agir, nos vestir e fazermos o que nos faz feliz. E vai por mim, deixe quem você ama livre, ele vai voltar.

Continue a leitura