Pensata

Crônica: pelo direito de ser infantil

Não sei vocês, mas têm dias que eu canso de ser a adulta madura, e fico só adulta.

Eu tenho vontade de acordar tarde, de ver sessão da tarde, de almoçar a vontade. E não é só pra rimar! Tenho vontade de brigar por ciúmes, de reclamar daquela ex baranga, ou simplesmente fazer uma manhã.

A verdade é que ninguém avisa a gente que ser adulto têm suas responsabilidades. É claro que a gente sabe que precisa acordar cedo para batalhar pela nossa carreira, que trabalho pesado resulta em ver TV na hora de dormir e olhe lá, e que uma dieta saudável é fundamental para saúde física, mental e espiritual. Que ciúmes não leva a nada, que passado todo mundo tem, e que na vida quem tem que nos amar acima de tudo somos nós mesmos – e mais ninguém.

Mas, apesar de tudo, de vez em quando eu quero jogar tudo pro alto e me teletransportar para a Lari de 15 anos do primeiro parágrafo, isso é um fato. E não tem nada de errado em assumir isso. Afinal, crescer dá trabalho, e como dá. 

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PS: eu achei essa crônica curtinha que eu escrevi e resolvi postar. Se vocês curtirem, eu volto com elas, viu? hehehe : )

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Crônica: para todo pé cansado um chinelo velho?

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Se você está na faixa etária dos 25 aos 35 anos, eu tenho certeza que na semana passada você viu em algum momento da sua timeline no Facebook o texto “A incrível geração de mulheres que foi criada para ser tudo o que um homem não quer”, no qual a autora “chora suas mazelas” de estar sozinha e coloca a culpa nos homens de sua (a minha!) geração.

Na hora que li achei incrível, compartilhei e bati no peito que 99% das mulheres estão sozinhas porque poucos homens querem se relacionar com uma mulher independente. Para uma malcriada de nascença como eu, achei incrível ler que outra pessoa também não acata ordens e não tem a menor vocação para Amélia. Mas, conversando com uma amiga depois, chegamos a conclusão que não cabia nem em uma mão rapazes conhecidos nossos “machistas” assim.

Esse é o lado bom de ser geminiana! Mudei rapidinho de ideia. Ok, existem muitas mulheres encalhadas (chega desse papo de falar “sozinha” porque é politicamente correto, néan?) mas a culpa disso não é dos homens da nossa geração, foi mal meninas.

Comecei a pensar em todas minhas amigas que estão encalhadérrimas, sem ninguém para mandar aquele whatsaap alegrinha de madrugada. A verdade é que independente da história de cada uma, todas elas tem algo em comum: a insegurança. Vou explicar porque eu acho isso.

Aqui em casa eu cresci escutando minha mãe falando “para todo pé cansado existe um chinelo velho, e em todas as idades”. Tiro e queda! Era só eu terminar um namoro e entrar na fase “nunca mais vou conhecer ninguém na vida” (sou dramática, eu sei…) para ela soltar a frase e não dar bola alguma ao meu melodrama.

E não é que ela está certa? Pode reparar, todo mundo conhece uma menina insuportável que tem um namorado fofito. Ou tem aquela amiga totalmente fora dos padrões que é colecionadora de corações partidos – e gatos. Ou aquela amiga que está colocando Zé Canabrava no chinelo na festa e conhece um príncipe encantado.

O que essas meninas tem em comum? Amor próprio. Por mais clichê que soe, aposto com você, todas elas se valorizam acima de tudo e todos. Nessa minha fase solteira tenho reparado cada vez mais que as mais bem resolvidas nas questões amorosas são também as mais bem resolvidas com si próprias.

Isso não tem nada a ver com beleza, viu? Não necessariamente são Miss Brasil do Fitness. A maioria são mulheres normais com suas celulites, que juram toda segunda que vão começar a dieta, mas ao mesmo tempo são híper seguras de si. Sabem conversar, são inteligentes, felizes com seus trabalhos, conhecem seus pontos fortes e fracos, e não temem ficar sozinhas.

E não temer ficar sozinha não quer dizer que não querem alguém, uma companhia para conversar, amar, um companheiro para apoiar a cabeça naquele cineminha de domingo, sabe? O que elas querem são parceiros companheiros da vida.

Se encontrarem ótimo, e se não acharem ótimo também. Ao invés de tentar buscar motivos para justificar a solidão, por que não tentar aprender a viver com si mesma?

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Meu um quarto de século

(Trilha sonora para o post)

 

Olá meninas, como vocês estão?

Desculpa o sumiço nos últimos dias, mas além do jogo, para quem não sabe, ontem (16/06) foi meu aniversário. Por sinal, eu quero agradecer mais uma vez todas as mensagens tão queridas que recebi. Mesmo sem celular (ele se afogou no mar fim de semana), amei ver como todo mundo se preocupou em me parabenizar de alguma forma. Obrigada de coração.

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Bom, voltando a falar de mim, ontem eu fiz 25 anos. Para muitas pessoas uma idade normal, um aniversário normal, mas para mim não. Se tem mulher que vive a crise dos 30, eu assumo estar vivendo a crise dos 25.

Lembro como se fosse ontem a véspera do meu aniversário de 15 anos, quando uma amiga da minha família virou para mim e disse “aproveita muito cada dia porque depois dos 15 a vida voa”. Que língua! Não é que essa “praga” colou em mim?

Essa é a sensação que eu tenho, parece que em um piscar de olhos eu virei a Lari Duarte mulher adulta, aquela que ao invés de se preocupar se vai ficar em recuperação em matemática, precisa se preocupar em pagar a fatura do cartão e contas no fim do mês.

Mas, o que mais me assusta mesmo é que nesses 10 anos que se passaram eu me sinto a mesma Lari. Não que eu seja uma adulta – muito – infantil, mas é engraçado pensar como eu achava que estaria aos 25 anos, e ver que no fim das contas, nossa essência não muda tanto assim com o tempo.

Assim, sem modéstia alguma, eu resolvi fazer um balanço do que aprendi nesses 25 anos de vida:

  • Arrume sempre tempo para ver seus amigos. Com o passar dos anos aprendi que bons e verdadeiros amigos são raros, então é fundamental separar um tempinho para dar a devida atenção para eles. Ah! E um chopp com amigos vale mais que qualquer terapia.
  • O maior e mais importante amor é o amor próprio. A única pessoa com a qual você convive 24h por dia e todos os dias é você mesma. Aprenda a se conhecer, valorizar qualidades, reconhecer defeitos, a se aceitar e ficar em sua companhia. Só depois de se amar você estará pronta para amar alguém.
  • Príncipe Encantado não existe, e sim príncipES existEM. Aprendi que essa ideia de uma única pessoa perfeita que fará a gente feliz é bobagem, por sorte o mundo está lotado de pessoas maravilhosas para esbarrarmos no caminho. Não seja pessimista, vai por mim, o que não falta é gente legal por aí.
  • Viva o presente sem exageros. Nem 8 nem 80, não deixe para fazer amanhã o que você pode fazer hoje, mas também não viva todos os dias como se o mundo fosse acabar amanhã. Encontre um equilíbrio na intensidade e vá ser feliz, a saúde agradece.
  • Nunca perca sua essência. O mundo pode dar voltas e todo o seu contexto mudar, mas seja sempre você mesma e respeite os seus valores.
  • Valorize a família. Seus familiares são aquelas pessoas que estarão sempre ao seu lado te apoiando, então dê o carinho e atenção que eles merecem (como os amigos no ítem 1!).
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Bom, esse é o meu balanço do meu um quarto de século. Posso falar que cheguei oficialmente na fase adulta com o coração leve e feliz, só posso agradecer a Deus por ter uma vida tão maravilhosa. Que venham os aniversários de 30, 35, 50, 100 anos! Quando vivemos 100% nossas vidas fazer aniversário é sempre motivo de orgulho e felicidade por ter vivido de verdade.

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